Morre aos 78 anos Paul Alexander, o homem do ‘pulmão de aço’

Matheus Felipe
4 min
Foto: The Dallas Morning News/AP/Reprodução

Na triste notícia desta segunda-feira, dia 11, perdemos um ícone de resiliência e superação, Paul Alexander, conhecido carinhosamente como o “Homem do Pulmão de Aço“.

Aos 78 anos, Paul deixou um legado marcante ao sobreviver à poliomielite por sete décadas, passando a maior parte desse tempo dentro de um pulmão de ferro.

Sua vida foi uma demonstração poderosa da força do espírito humano.

Paul Alexander lutou contra a poliomielite

Paul Alexander foi diagnosticado com poliomielite em 1952, em uma época em que a vacina contra essa doença devastadora ainda não estava disponível.

Aos seis anos de idade, viu-se paralisado do pescoço para baixo, lutando pela vida em um hospital no Texas. Foi lá que iniciou sua jornada dentro do cilindro de metal que se tornaria sua casa pelos próximos 70 anos.

Uma vida de adaptação e teterminação

Apesar das adversidades, Paul não permitiu que sua condição limitasse suas aspirações. Com resiliência e determinação, ele aprendeu a viver dentro do pulmão de ferro, encontrando maneiras criativas de se comunicar e interagir com o mundo exterior.

Paul Alexander, o sobrevivente da poliomielite conhecido como o homem do pulmão de aço
Paul Alexander, o sobrevivente da poliomielite conhecido como o homem do pulmão de aço — Foto: GoFundMe

Sua habilidade em respirar por conta própria por algumas horas e usar uma caneta presa ao pulmão para se comunicar foi uma demonstração impressionante de sua determinação inabalável.

Em uma entrevista ao The Guardian em abril de 2020, Paul expressou seus receios em relação à pandemia de COVID-19, destacando os paralelos entre o surto de poliomielite nos EUA na década de 1950 e a crise atual.

Sua perspectiva única oferece uma reflexão profunda sobre a resiliência humana diante de desafios históricos.

Como funciona o pulmão de aço

Um pulmão de aço, também conhecido como pulmão de ferro, é um dispositivo médico fundamental projetado para auxiliar na respiração de indivíduos paralisados devido à poliomielite e outras condições semelhantes.

Um pulmão de aço, aparelho fundamental na década de 1950 para pacientes paralisados pelo vírus da poliomielite . Hoje em dia ele já está em desuso
Um pulmão de aço, aparelho fundamental na década de 1950 para pacientes paralisados pelo vírus da poliomielite . Hoje em dia ele já está em desuso — Foto: CDC/GHO/Mary Hilpertshauser

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos descrevem o pulmão de aço como uma máquina de metal que simula o padrão respiratório humano.

Funciona alimentado por eletricidade, embora também possa ser operado manualmente em certas circunstâncias. Este dispositivo está equipado com janelas e portas de acesso para cuidados médicos, garantindo a monitorização adequada dos pacientes.

Isso também inclui um espelho que permite aos pacientes interagir com outras pessoas, facilitando a comunicação e o conforto emocional.

Com os avanços significativos na vacinação contra a poliomielite, o uso do pulmão de aço tornou-se cada vez mais raro nos dias de hoje.

A ampla distribuição da vacina contra essa doença viral devastadora reduziu drasticamente a incidência de casos de paralisia associada à poliomielite, diminuindo assim a necessidade desse dispositivo médico.

O legado do ‘pulmão de ferro

O “pulmão de ferro” ou “pulmão de aço” foi um dispositivo médico crucial no passado, oferecendo suporte vital à respiração de pacientes como Paul Alexander.

No entanto, com os avanços tecnológicos na medicina, seu uso foi gradualmente substituído por dispositivos mais avançados, como ventiladores mecânicos.

A história de Paul destaca não apenas sua própria coragem, mas também o progresso da ciência médica ao longo do tempo.

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Matheus Felipe é criador de conteúdos em blogueirinho.com, tem 32 anos, mora em Brasília. Formado em Assistente Administrativo, Designer Gráfico e Marketing Digital. Desde 2006 venho contribuindo para a internet com conteúdos valiosos e criativos.
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