Americanas anuncia integração de Submarino e Shoptime

Matheus Felipe
3 min
Americanas anuncia integração de Submarino e Shoptime
Foto: Composição/Blogueirinho

A Americanas anunciou a integração das lojas online Submarino e Shoptime ao seu próprio site. Essas duas marcas, que acumulam décadas de história e pertencem ao grupo Americanas desde meados dos anos 2000, serão encerradas. A decisão vem após a entrada da companhia em recuperação judicial em 2023, em decorrência da descoberta de um déficit bilionário em seus balanços financeiros, atualmente sob investigação da Polícia Federal.

Informações aos clientes

Os clientes do Submarino e Shoptime começaram a ser notificados sobre a mudança na terça-feira, 2 de julho. A Americanas já disponibilizou páginas específicas para a migração das duas lojas, fornecendo respostas a dúvidas relacionadas a pedidos, garantias e vale-compras, entre outros tópicos.

Americanas criou página para explicar mudanças de Submarino e Shoptime
Americanas cria página para explicar as mudanças de Submarino e Shoptime — Foto: Reprodução/Tecnoblog

Objetivo da mudança

Em entrevista ao jornal O Globo, a Americanas afirmou que a integração visa uma operação mais ágil, rentável e eficiente, fortalecendo o digital da companhia com a marca Americanas. Segundo a publicação, equipes da empresa estão envolvidas na migração das plataformas desde maio, incluindo a transferência dos conteúdos.

Histórico das marcas

O Submarino foi uma das pioneiras do e-commerce no Brasil, fundado em 1999 e adquirido pelo grupo Americanas em 2006. Já o Shoptime, conhecido pela venda de produtos pela televisão, foi incorporado ao grupo em 2005 e teve seu canal de TV extinto em 2023.

Crise financeira

Em janeiro de 2023, a Americanas revelou inconsistências contábeis que resultaram em um rombo de R$ 20 bilhões em seu balanço financeiro. Este valor, relacionado a operações de financiamento de compras, não estava devidamente registrado, criando a falsa impressão de aumento de caixa.

Logo após a revelação, a Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial para se proteger das cobranças dos credores. Entre os credores estavam empresas de tecnologia como Samsung, Motorola e Apple, além de bancos, fornecedores de serviços, fabricantes diversos e programas de fidelidade.

Investigações e prisões

Em junho de 2023, a Polícia Federal executou mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra ex-executivos da Americanas. As investigações apontam que as fraudes contábeis tinham o objetivo de pagar bônus à diretoria, inflando artificialmente as ações, permitindo ao grupo vender seus papéis a preços elevados. A Americanas alega ser vítima dessas fraudes.

Fonte: Tecnoblog, O Globo.

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