Em uma entrevista recente à Rolling Stone Brasil, Lucinha Araujo, mãe de Cazuza, expressou seu desejo de que o cantor Jão grave um álbum com músicas inéditas de seu filho. Ela acredita que Jão, com sua voz única, é a pessoa certa para prestar essa homenagem ao astro da música.
Jão pode gravar álbum com músicas inéditas de Cazuza
Lucinha revelou que possui cerca de 30 músicas inéditas de Cazuza, esperando que alguém possa musicá-las. Jão, que conhece toda a obra de Cazuza, está interessado em gravar um disco apenas com essas músicas inéditas.
“Eu tenho umas 30 músicas inéditas, letras inéditas, e quem sabe alguém pode musicar. […] Não tem pessoa melhor indicada do que ele [Jão]. Ele [Jão] conhece a obra do Cazuza toda. Eu até gostaria que ele gravasse… Ele [Jão] está querendo gravar um disco só com músicas inéditas do Cazuza. Quem sabe a gente consegue isso, não é? Se for da minha vontade e da dele, vai acontecer”
Lucinha, mãe de Cazuza
Celebração do legado de Cazuza em 2024
O ano de 2024 será marcado por celebrações ao legado de Cazuza. Dois livros em homenagem ao cantor serão lançados: uma fotobiografia intitulada “Eu Protegi Teu Nome por Amor” e “Meu Lance é Poesia”, uma coletânea de 20 textos inéditos do músico.
Jão se inspiração em Cazuza
É importante lembrar que Cazuza é uma grande inspiração para Jão. Isso ficou evidente durante o show de Jão no Rock in Rio de 2022, onde ele prestou uma homenagem a Cazuza, um dos grandes nomes da música brasileira, cantando “Exagerado”, “Codinome Beija-flor” e “O Tempo Não Para”.
Relembre a história de Cazuza
Cazuza, cujo nome verdadeiro é Agenor de Miranda Araújo Neto, nasceu no Rio de Janeiro em 4 de abril de 1958. Ele cresceu em um ambiente artístico, sendo filho do produtor musical João Araújo e da cantora Lucinha Araújo.
Cazuza começou a escrever poemas ainda jovem e, após desistir do curso de Comunicação, levou uma vida boêmia no Baixo Leblon. Seu pai o levou para trabalhar na gravadora Som Livre, onde Cazuza inicialmente fazia triagem de fitas de novos cantores.
Em 1981, Cazuza foi indicado pelo cantor Léo Jaime para ser o vocalista de uma banda que estava se formando1. Assim nasceu a banda “Barão Vermelho”, composta por Maurício Barros (teclado), Roberto Frejat (guitarra), Guto Goffi (bateria) e Cazuza (vocal). Cazuza e Frejat começaram a compor juntos, e a banda, que antes só tocava covers, passou a ter seu próprio repertório.
Cazuza é considerado um dos maiores letristas da música popular brasileira, unindo crítica social e política às batidas do rock. Ele ficou conhecido por ser rebelde e polêmico, ganhando da mídia o apelido de “Exagerado”, em referência a uma de suas músicas mais famosas2.
Infelizmente, Cazuza faleceu em julho de 1990, aos 32 anos, devido a complicações da AIDS. No entanto, seu legado permanece vivo até hoje, através de inúmeras homenagens e regravações de suas músicas.