A cantora Ludmilla mostra sua versatilidade e seu talento no projeto Numanice, que traz o pagode como protagonista. No terceiro álbum ao vivo do projeto, lançado na noite de sábado (20), a artista apresenta 20 músicas, sendo 18 inéditas, que falam de amor, sofrência e vitória.
O disco foi gravado no Mirante Dona Marta, no Rio de Janeiro, com a participação de convidados especiais.
Ludmilla celebra sua trajetória no pagode ‘A Preta Venceu’
A música que abre o álbum é uma homenagem à própria Ludmilla, que canta sua história de superação e sucesso. A Preta Venceu (Ludmilla, Cleitinho Persona e Elizeu Henrique) é um pagode que exalta a trajetória da cantora, que saiu de Caxias, na Baixada Fluminense, e conquistou o Brasil e o mundo com sua música. Do funk ao pagode, Ludmilla mostra que domina tudo e que não tem medo de se reinventar.
Ludmilla recebe Belo, Vitinho e outros convidados no álbum
O álbum Numanice #3 ao vivo conta com a presença de vários nomes do pagode, que dividem o palco com Ludmilla. Um deles é Belo, que canta com a artista o pagode 26 de dezembro (Ludmilla, Jefferson Junior e Umberto Tavares), que narra a história de um amor proibido que se encontra apenas no dia seguinte ao Natal.
Outro convidado é Vitinho, que participa de duas músicas: 1% (Ludmilla, Vitinho e Felipe), que fala sobre a chance de um casal se reconciliar, e Você não sabe o que é amor (Ludmilla, Vitinho e Felipe), que tem tudo para ser um dos hits do disco.
Além de Belo e Vitinho, Ludmilla recebe no álbum Caio Luccas, Carol Biazin, Mari Fernandez, Menos é Mais e Veigh. Com o grupo Menos é Mais, a cantora faz um dueto sensual em Destilado (Lary, Dan Ferrera, Daniel Ferrera, Guilherme Ferraz e Guga Meyra), que compara o amor a uma bebida forte.
Com Carol Biazin, Ludmilla canta Pique Djavan (Ludmilla e Castilhol), uma música que mistura pagode e black music e que declara o amor de uma mulher por outra, citando o sucesso Eu te devoro, de Djavan.
Ludmilla mostra sua influência do funk e do pop no pagode
O álbum Numanice #3 ao vivo também traz músicas que mostram a influência do funk e do pop na sonoridade do pagode de Ludmilla. Uma delas é Baile charme (Ludmilla, Lary, Dan Ferrera e Castilhol), que faz referência ao estilo musical que surgiu nos subúrbios do Rio de Janeiro nos anos 1980 e que mistura soul, funk e R&B.
Outra é Espelho (Umberto Tavares, Jefferson Junior e Toninho Aguiar, 2016), que é uma regravação de uma música do segundo álbum da cantora, A danada sou eu (2016), adaptada ao ritmo do pagode.
O disco também traz regravações de músicas de outros artistas, como Exaltasamba, NX Zero e Sorriso Maroto, mas sem perder a identidade de Ludmilla. O rock Cedo ou tarde, do NX Zero, vira um samba animado na voz da cantora.
O pagode Se não chorar com pagode (Ludmilla, Jefferson Junior e Umberto Tavares) cita nomes de grandes cantores do gênero, como Belo, Thiaguinho e Vitinho.
O álbum Numanice #3 ao vivo é mais uma prova do talento e da versatilidade de Ludmilla, que se aventura pelo pagode sem deixar de lado suas raízes do funk e do pop. Para quem gosta de um samba com uma pegada atual e cheia de personalidade, o disco é uma ótima pedida.
Assista Numanice #3 no YouTube: