Anunciado em 2018, “Coyote vs. Acme” era para ser um novo filme da Warner Bros., misturando live action e animação, seguindo o estilo de Space Jam.
O enredo girava em torno do personagem Coyote, famoso por sua perseguição incansável ao Papaléguas, que decide processar a ACME, a empresa fornecedora dos equipamentos defeituosos que ele usa em suas tentativas de captura.
Após anos em produção e um investimento de US$ 70 milhões, o filme, estrelado por Will Forte, John Cena e Lana Condor, foi finalizado. No entanto, em novembro de 2023, a Warner decidiu arquivá-lo, ou seja, o filme não seria lançado para o público.
Mudança de estratégia e decisão de arquivamento
Com o relançamento da Warner Bros Pictures Animation em junho, o estúdio alterou sua estratégia global para se concentrar em lançamentos teatrais. Com essa nova direção, a empresa tomou a difícil decisão de não prosseguir com “Coyote vs. Acme”.
A Warner expressou grande respeito pelos cineastas, elenco e equipe técnica, agradecendo suas contribuições para o filme.
Esta não é a primeira vez que a empresa toma uma decisão como essa. Um filme da Batgirl, já filmado, foi cancelado anos atrás. O motivo é o mesmo: cortar esses filmes reduziria a quantidade de impostos que a empresa teria que pagar ao governo americano.
No caso de “Coyote vs. Acme”, a economia estimada seria de US$ 30 milhões. A empresa afirmou que o filme não era forte o suficiente para ser lançado nos cinemas e não se encaixava na estratégia de streaming.
Reação do público e tentativas de compra
As exibições-teste do filme já estavam em andamento, com resultados favoráveis para um filme do gênero e críticas iniciais com notas altas. Sua estreia havia sido programada para julho de 2023, substituindo Barbie.
Tanto Batgirl quanto o filme do Coiote haviam sido aprovados pelo executivo da Warner, Jason Kilar. Kilar deixou a empresa em 2022 e seu sucessor, David Zaslav, decidiu pelo corte das produções. Segundo rumores, ele nem chegou a assistir “Coiote vs. ACME”.
Após o anúncio do arquivamento do filme e a má recepção da notícia pelo público, outras empresas tentaram comprar a produção. Netflix, Amazon e Paramount chegaram a enviar ofertas e até propostas de lançamentos em cinemas. No entanto, a Warner, pedindo algo em torno de US$ 75 a US$ 80 milhões, não respondeu às tentativas de negociação.
Por enquanto, o futuro do filme permanece incerto.