Alimentos fakes: o perigo escondido nas prateleiras dos supermercados; veja vídeo

Matheus Felipe
4 min
Alimentos fakes: o perigo escondido nas prateleiras dos supermercados; veja vídeo
Alimentos fakes: o perigo escondido nas prateleiras dos supermercados; veja vídeo — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A busca por preços mais acessíveis nas gôndolas dos supermercados tem levado muitos consumidores a levarem para casa produtos que parecem originais, mas não são. São os chamados alimentos fakes – versões de menor qualidade que imitam itens tradicionais, com embalagens semelhantes e composições diferentes.

Esse fenômeno tem se tornado cada vez mais comum, especialmente diante do aumento no custo de insumos e da inflação dos alimentos. Muitas indústrias estão substituindo ingredientes nobres por componentes mais baratos para manter os preços competitivos. O problema é que essas substituições nem sempre são evidentes para o consumidor comum.

O que são alimentos fakes?

Alimentos fakes são produtos que buscam se passar por versões tradicionais e conhecidas, mas que trazem em sua fórmula ingredientes inferiores ou compostos artificiais. É o caso, por exemplo, de cafés que não são 100% café, azeites adulterados e bebidas lácteas que imitam iogurtes naturais.

Esses produtos, muitas vezes, possuem rótulos e embalagens quase idênticos aos originais, o que dificulta a identificação por parte dos consumidores. Um dos exemplos mais comuns é o chamado “óleo composto”, que visualmente se assemelha ao azeite de oliva, mas mistura óleos vegetais refinados com pequena porcentagem de azeite. O sabor, o cheiro e o valor nutricional são completamente diferentes.

Ingredientes escondidos e riscos à saúde

Ao analisar os rótulos, é possível perceber a presença de compostos lácteos, óleos mistos, cevada torrada no lugar do café e uma série de aditivos como açúcares, sódio e gorduras em níveis elevados. Esses ingredientes são utilizados para baratear a produção, mas podem ter impacto significativo na saúde a longo prazo.

Um comparativo entre iogurte natural e bebida láctea mostra a diferença clara na composição:

  • 100 g de iogurte:
    • 6,2% de açúcares adicionados
    • 11% de carboidratos
  • 100 g de bebida láctea:
    • 8,9% de açúcares adicionados
    • 15% de carboidratos

Essas alterações nos ingredientes fazem com que os alimentos fakes estejam diretamente ligados ao aumento de casos de obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol alto e até doenças como o câncer, segundo pesquisas recentes da área da saúde.

Como identificar um alimento fake?

A principal forma de proteção é a leitura atenta dos rótulos. Produtos que parecem “normais” podem ter menções como “composto lácteo”, “bebida láctea”, “óleo composto”, ou ainda listas extensas de ingredientes artificiais.

Evite confiar apenas na aparência da embalagem ou no posicionamento do produto nas prateleiras. Fique atento a:

  • Nome completo do produto
  • Lista de ingredientes
  • Quantidade de açúcares e gorduras adicionadas
  • Presença de compostos artificiais
  • Origem e tipo de óleo (em produtos como azeite, por exemplo)

Por que o consumo frequente pode ser prejudicial?

Ao consumir esses produtos com frequência, o corpo é exposto a ingredientes que não fazem parte de uma alimentação saudável. Sódio em excesso, gorduras ruins e adoçantes artificiais aumentam os riscos de diversas doenças crônicas.

Além disso, os alimentos fakes não entregam os mesmos nutrientes essenciais que suas versões originais, comprometendo o equilíbrio nutricional da dieta. O impacto pode ser ainda maior em crianças, idosos e pessoas com restrições alimentares.

Vídeo: Band Jornalismo

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