Um bombeiro caiu de uma altura de aproximadamente quatro andares enquanto tentava realizar o resgate de um homem em um prédio no Centro Histórico de Porto Alegre na última quarta-feira (6). A ação foi gravada e o vídeo, compartilhado nas redes sociais, mostra o momento em que o militar perde a sustentação da corda ao se aproximar de uma janela.
O homem, que havia se trancado no apartamento e ameaçado atear fogo no local e pular pela janela, foi contido pela Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e o Samu, que acompanharam toda a operação.
Assista:
No Centro Histórico de Porto Alegre, um homem de 53 anos, em surto, ameaçou incendiar o apartamento e pular do segundo andar do prédio onde mora.
A ocorrência, que começou por volta das 11h45 e terminou às 15h20, mobilizou equipes da Brigada Militar, Bombeiros, EPTC e Bope.… pic.twitter.com/RGMoHXLcUy
— Porto Alegre 24 Horas (@portoalegre24h) November 7, 2024
Estado de saúde do bombeiro
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o militar, cujo nome não foi divulgado, sofreu uma fratura no calcanhar, mas está fora de perigo. A corporação já está investigando as causas do acidente.
Análise de especialista sobre o acidente
O bombeiro civil Rubens Fraga, diretor da escola de treinamento TransVidas, analisou o vídeo e indicou que o militar pode ter cometido um erro na escolha dos equipamentos de descida. Fraga apontou que o militar estava usando um equipamento chamado “freio 8”, comumente utilizado na prática de rapel para descidas rápidas, mas não apropriado para esse tipo de resgate.
“O correto seria o uso de um sistema de ancoragem adequado, como o ascensor e descensor, e uma segunda corda de backup com um trava-quedas. Isso garantiria a segurança caso ocorresse uma falha como a que vemos no vídeo”, explicou o especialista.
Fraga também mencionou que o acidente contraria a Norma Regulamentadora Nº 35 (NR-35), que trata dos procedimentos de segurança para trabalhos em altura. Ele destacou que o bombeiro parece ter perdido o controle da corda com o próprio peso ao não seguir os protocolos exigidos.
“É essencial que, em descidas como essa, haja um sistema de backup para prevenir quedas livres. Esse sistema deveria contar com uma corda extra e trava-quedas para garantir a segurança do trabalhador”, concluiu.
As investigações seguem para esclarecer o que de fato causou o acidente e se houve falhas no cumprimento dos protocolos de segurança.