A Copa do Mundo FIFA é o maior evento de futebol do planeta, que reúne as melhores seleções de cada continente a cada quatro anos. Além dos craques que brilham nos gramados, há outro elemento que chama a atenção do público e faz parte da história do torneio: os mascotes.
Os mascotes são personagens que representam a cultura, a fauna, a flora ou algum aspecto marcante do país-sede da Copa. Eles são escolhidos pela FIFA em parceria com o comitê organizador local, e costumam ser apresentados ao mundo cerca de dois anos antes do início da competição.
O primeiro mascote oficial da Copa do Mundo FIFA surgiu em 1966, na Inglaterra, e desde então se tornou uma tradição que se mantém até hoje. Neste artigo, vamos relembrar todos os mascotes da história do Mundial. Confira!
1930 — 1962
Nessas edições de Copa do Mundo FIFA: Uruguai 1930, Itália 1934, França 1938, Brasil 1950, Suíça 1954, Suécia 1958 e Chile 1962, não há registros de mascotes oficiais, segundo a FIFA.
Willie (1966, Inglaterra)
O leão é um símbolo típico do Reino Unido, e foi o escolhido para ser o mascote da Copa de 1966, sediada na Inglaterra. O simpático leão vestia um uniforme de futebol com a camisa estampando a bandeira britânica e as palavras “World Cup 66” no centro. O nome Willie vem de uma abreviação de William, um nome comum na Inglaterra.
Willie foi o primeiro mascote oficial da Copa do Mundo FIFA, e inaugurou uma tendência que também gera lucros com publicidade e merchandising. Ele foi criado pelo ilustrador Reg Hoye, que também desenhou personagens famosos como Paddington Bear e Winnie the Pooh.
Juanito Maravilla (1970, México)
Na Copa de 1970, o México escolheu uma figura humana para ser o mascote da edição. Juanito Maravilla era um menininho que vestia um uniforme com as cores da seleção mexicana e usava um sombrero, chapéu popularmente conhecido no país, com México 70 escrito. O nome Juanito é um diminutivo de Juan, um dos nomes mais comuns no México.
Juanito foi o primeiro mascote humano da Copa do Mundo FIFA, e também o primeiro a aparecer na televisão, já que esta foi a primeira Copa mundialmente transmitida. Ele foi criado pelo cartunista mexicano Lance Wyman, que também desenhou o logotipo da Copa e dos Jogos Olímpicos de 1968, realizados no México.
Tip e Tap (1974, Alemanha)
Quando a Alemanha sediou a Copa do Mundo em 1974, o país ainda se encontrava dividido entre Oriental e Ocidental, mas participaram juntas da competição. Para representar a união e a amizade entre os territórios, foram escolhidos dois simpáticos garotinhos uniformizados chamados Tip e Tap.
Um deles tinha as iniciais WM – Weltmeisterschaft, que significa Copa do Mundo em alemão – e o outro o número 74. Eles também usavam chapéus com as cores da bandeira alemã. Tip e Tap foram os primeiros mascotes duplos da Copa do Mundo FIFA, e foram criados pela agência alemã E. Scholz Werbeagentur.
Gauchito (1978, Argentina)
O mascote escolhido para a Copa da Argentina, em 1978, também foi um garotinho, o gauchito. O nome é uma referência ao termo “gaúcho”, como são chamados os homens que vivem no campo em países latino-americanos. Assim como os nossos gaúchos, o mascote usava um chapéu, um lenço amarrado no pescoço e um facão na mão.
Tudo isso exibindo uma roupa e uma bola de futebol nas cores da Argentina. O gauchito foi criado pelo designer argentino Juan Carlos Carmigniani, que se inspirou em um personagem de histórias em quadrinhos chamado Patoruzú, muito popular na Argentina na época.
Naranjito (1982, Espanha)
Na Copa de 1982, a Espanha optou por um mascote diferente dos anteriores: uma fruta. Naranjito era uma laranja sorridente que usava um uniforme de futebol com as cores da seleção espanhola e o nome do país escrito. O nome Naranjito vem de uma combinação de “naranja”, que significa laranja em espanhol, e “ito”, um sufixo que indica diminutivo ou afeto.
Naranjito foi o primeiro mascote não humano e não animal da Copa do Mundo FIFA, e também o primeiro a ter uma série de desenhos animados produzida sobre ele. Ele foi criado pelo estúdio espanhol Valero Publicidad, que se inspirou na famosa laranja valenciana, uma das frutas mais cultivadas na Espanha.
Pique (1986, México)
O México foi o primeiro país a sediar duas vezes a Copa do Mundo FIFA, em 1970 e 1986. Para a segunda edição, o mascote escolhido foi uma pimenta, um dos ingredientes mais usados na culinária mexicana. O nome Pique vem de uma palavra em espanhol que significa “picante” ou “ardente”.
Pique era uma pimenta vermelha que usava um sombrero e um bigode, e tinha as palavras México 86 escritas no chapéu. Ele também carregava uma bola de futebol nas mãos. Pique foi criado pelo artista mexicano Abel Quezada, que também era cartunista e escritor.
Ciao (1990, Itália)
Na Copa de 1990, a Itália inovou ao escolher um mascote que não tinha uma forma definida, mas sim um conceito. Ciao era um boneco feito de barras coloridas que representavam as cores da bandeira italiana: verde, branco e vermelho. O nome Ciao é uma saudação típica da Itália, que pode significar “olá” ou “tchau”.
Ciao foi o primeiro mascote abstrato da Copa do Mundo FIFA, e também o primeiro a ter um logotipo integrado ao seu corpo. Ele foi criado pela agência italiana Studio Italia, que se inspirou na arte moderna e no design gráfico.
Striker (1994, Estados Unidos)
A Copa de 1994 foi a primeira realizada nos Estados Unidos, e o mascote escolhido foi um cachorro, um dos animais de estimação mais populares no país. O nome Striker vem de uma palavra em inglês que significa “atacante”, uma posição de destaque no futebol. Striker era um cachorro branco com manchas pretas e vermelhas, que usava um uniforme de futebol com as cores da bandeira americana e o número 94.
Striker foi o primeiro mascote animal da Copa do Mundo FIFA desde Willie, em 1966. Ele foi criado pelo ilustrador americano Warner Bros, que também é responsável por personagens famosos como Pernalonga e Patolino.
Footix (1998, França)
Na Copa de 1998, a França escolheu um galo, um dos símbolos nacionais do país, para ser o mascote da edição. O nome Footix vem de uma junção de “foot”, que significa futebol em francês, e “ix”, um sufixo comum em nomes de personagens da história e da cultura francesa, como Asterix e Obelix.
Footix era um galo azul que usava um uniforme de futebol com as cores da seleção francesa e o nome do país escrito. Ele também tinha as palavras France 98 escritas na crista. Footix foi criado pelo designer francês Fabrice Pialot, que venceu um concurso público promovido pela FIFA e pelo comitê organizador local.
Ato, Kaz e Nik (2002, Coreia do Sul e Japão)
A Copa de 2002 foi a primeira realizada na Ásia, e também a primeira sediada por dois países: Coreia do Sul e Japão. Para representar essa parceria, foram escolhidos três mascotes, que formavam uma equipe de futebol chamada Spheriks. Eles eram seres futuristas que vinham de um planeta imaginário chamado Atmozone.
Ato era o treinador da equipe, e tinha a cor laranja. Kaz era o atacante, e tinha a cor azul. Nik era o goleiro, e tinha a cor roxa. Os nomes dos mascotes eram derivados das sílabas finais dos nomes dos países-sede: Koreato e Nippon. Eles também tinham as palavras Korea Japan 2002 escritas no corpo.
Ato, Kaz e Nik foram os primeiros mascotes tríplices da Copa do Mundo FIFA, e também os primeiros a terem um site oficial na internet. Eles foram criados pela agência coreana V-Com, que se inspirou na cultura pop e na tecnologia asiática.
Goleo VI e Pille (2006, Alemanha)
Na Copa de 2006, a Alemanha escolheu um leão, assim como a Inglaterra em 1966, para ser o mascote da edição. O nome Goleo VI vem de uma combinação de “gol”, que significa gol em alemão, e “leo”, que significa leão em latim. O número VI é uma referência ao fato de que esta foi a sexta Copa realizada na Europa.
Goleo VI era um leão de pelúcia que usava uma camiseta branca com o número 06 e o logotipo da Copa. Ele também tinha um amigo inseparável: uma bola de futebol falante chamada Pille, que significa “pílula” em alemão, uma gíria para bola.
Goleo VI e Pille foram os primeiros mascotes a terem uma personalidade e uma voz próprias, e também os primeiros a participarem de eventos e programas de televisão. Eles foram criados pela empresa alemã Jim Henson’s Creature Shop, que também é responsável por personagens famosos como Os Muppets e Sesame Street.
Zakumi (2010, África do Sul)
Na Copa de 2010, a África do Sul escolheu um leopardo, um dos animais mais característicos do continente africano, para ser o mascote da edição. O nome Zakumi vem de uma junção de “ZA”, que é o código internacional da África do Sul, e “kumi”, que significa “dez” em várias línguas africanas.
Zakumi era um leopardo verde e amarelo, que usava um uniforme de futebol com as cores da seleção sul-africana e o nome do país escrito. Ele também tinha as palavras South Africa 2010 escritas na cauda. Zakumi foi criado pelo designer sul-africano Andries Odendaal, que se inspirou na natureza e na diversidade da África.
Fuleco (2014, Brasil)
Na Copa de 2014, o Brasil escolheu um tatu-bola, um animal típico da fauna brasileira e que corre risco de extinção, para ser o mascote da edição. O nome Fuleco vem de uma junção de “futebol” e “ecologia”, dois temas importantes para o país-sede. O tatu-bola tem a habilidade de se enrolar em uma bola quando se sente ameaçado, o que lembra uma bola de futebol.
Fuleco era um tatu-bola azul e amarelo, que usava um uniforme de futebol com as cores da seleção brasileira e o nome do país escrito. Ele também tinha as palavras Brasil 2014 escritas nas costas. Fuleco foi criado pela agência brasileira 100% Design, que venceu um concurso público promovido pela FIFA e pelo comitê organizador local.
Zabivaka (2018, Rússia)
Na Copa de 2018, a Rússia escolheu um lobo, um animal que representa a força, a inteligência e a lealdade, para ser o mascote da edição. O nome Zabivaka significa “aquele que marca gols” em russo, e foi escolhido por meio de uma votação online que contou com mais de um milhão de participantes.
Zabivaka era um lobo marrom e branco, que usava um óculos esportivo, um uniforme de futebol com as cores da seleção russa e o nome do país escrito. Ele também tinha as palavras Russia 2018 escritas na cabeça. Zabivaka foi criado pela estudante russa Ekaterina Bocharova, que venceu um concurso de design promovido pela FIFA e pelo comitê organizador local.
La’eeb (2022, Catar)
La’eeb não é mais um fantasminha, sua forma representa um lenço de cabeça típico do Oriente Médio, região onde fica o Catar, país sede da Copa do Mundo de 2022. O seu nome “La’eeb” significa “jogador super-habilidoso” em Árabe.
Conclusão
Os mascotes da Copa do Mundo FIFA são mais do que simples personagens: eles são a expressão da cultura, da criatividade e da paixão dos países que recebem o maior evento de futebol do mundo. Eles também são uma forma de aproximar os torcedores e os jogadores, e de transmitir valores como respeito, diversidade e amizade.
Esperamos que você tenha gostado de relembrar todos os mascotes que já fizeram parte da história da Copa do Mundo FIFA, e que esteja ansioso para conhecer o mascote da próxima edição, que será realizada na américa do norte entre os países EUA, Canadá e México em 2026, o que promete ser uma das mais incríveis e inovadoras de todos os tempos. Até a próxima!