O funk é um gênero musical que surgiu nos Estados Unidos nos anos 60, como uma mistura de soul, R&B e música africana. No Brasil, o funk chegou na década de 80, trazido pelos DJs das festas de rua do Rio de Janeiro. O funk carioca se popularizou nos anos 90, com artistas como MC Marcinho e Bonde do Tigrão.
Neste artigo, vamos conhecer a história e a evolução do funk no Brasil, desde as suas origens até os dias atuais.
O funk brasileiro nos anos 70
O funk brasileiro surgiu na década de 1970, influenciado pelo funk americano e pela soul music. Os primeiros artistas do gênero foram Tim Maia, Jorge Ben Jor e Cassiano. Eles incorporaram elementos do funk em suas músicas, criando um som dançante e original. O funk brasileiro dos anos 70 era diferente do funk carioca que viria depois, pois tinha mais influência do soul e do R&B, e menos batidas eletrônicas.
O funk brasileiro dos anos 70 ganhou os bailes da Zona Sul do Rio de Janeiro, a área nobre da cidade. Com batidas animadas e dançantes, conquistou muita gente, e se resumia, basicamente, em reproduções das músicas norte-americanas e grandes sucessos brasileiros reproduzidos com a batida já tão conhecida nos EUA.
O funk carioca nos anos 80 e 90
Nos anos 80, o funk brasileiro começou a se transformar, com a introdução da bateria eletrônica e das letras em português. O responsável por essa mudança foi o DJ Marlboro, que lançou seu primeiro disco, Funk Brasil, em 1989. Esse disco marcou o início do funk carioca, também conhecido como “funk proibidão”, que é caracterizado por letras explícitas e batidas aceleradas.
O funk carioca se espalhou pelas favelas e comunidades do Rio de Janeiro, onde os bailes funks eram realizados. Esses bailes eram espaços de expressão e diversão para a população pobre e marginalizada, que sofria com a violência e a exclusão social. O funk carioca também era uma forma de resistência e protesto, denunciando as injustiças e os problemas sociais.
O funk carioca ganhou destaque nos anos 90, com artistas como MC Marcinho, Bonde do Tigrão, Tati Quebra-Barraco, MC Neném, MC Cidinho e Doca, entre outros. Eles fizeram sucesso com músicas que falavam de amor, sexo, violência, drogas, ostentação e diversão. O funk carioca também se diversificou em subgêneros, como o funk melody, o funk 150 bpm, o funk consciente e o funk ostentação.
O funk brasileiro nos anos 2000 e 2010
Nos anos 2000, o funk brasileiro se expandiu para outras regiões do país, como São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Cada região criou sua própria versão do funk, com influências locais e regionais.
O funk brasileiro também se internacionalizou, com artistas como Anitta, Ludmilla, Nego do Borel, MC Kevinho, MC Fioti, MC G15 e MC Kevin o Chris, entre outros. Eles fizeram parcerias com artistas estrangeiros, como Madonna, Snoop Dogg, Cardi B, Tyga e Major Lazer.
O funk brasileiro nos anos 2000 e 2010 também se renovou, com novas batidas, novas letras e novas temáticas. O funk brasileiro se tornou mais diverso, mais criativo e mais abrangente, abordando assuntos como empoderamento feminino, diversidade sexual, racismo, religião, política e meio ambiente. O funk brasileiro também se tornou mais profissional, com mais investimento, mais produção e mais reconhecimento.
Conclusão
O funk é um gênero musical que tem uma história rica e complexa, que reflete a cultura e a sociedade brasileira. O funk é um gênero que se reinventa, se adapta e se transforma, acompanhando as mudanças e os desafios do país. O funk é um gênero que expressa a alegria, a dor, a esperança e a resistência do povo brasileiro. O funk é um gênero que conquistou o Brasil e o mundo.